terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Sobre as curiosidades numéricas da pesquisa analisada abaixo



Eu tinha prometido um comentário sobre umas esquizofrenias estatísticas que observei nos detalhes da pesquisa CNT/Sensus que analisei abaixo. Mas este que vos bloga, bem imbecil, apagou o pdf da pesquisa e não consegue achar o raio do pdf na internet de novo. Pois então vocês terão que confiar em mim (o que não chega a ser um problema sério) e na minha memória (aí complicou).

Em diversos subgrupos eu percebi uma queda do percentual de “Não souberam/Não responderam” comparando o cenário com Ciro Gomes e o cenário sem o pré-candidato do PSB. Até pensei numa explicação para isso: algumas pessoas estão em dúvida entre Ciro e alguém e, quando Ciro sai, o entrevistado decidi-se pelo voto nesse outro.

Mas não era só a porcentagem de “Não souberam/Não responderam” que caía com a saída de Ciro do cenário. Em diversos subgrupos a intenção de voto em Dilma Rousseff também oscilava negativamente. Claro que podemos botar isso na conta do papa da margem de erro. Mas uma coisa não sai da minha cabeça.

Por exemplo: pelo que lembro (os números podem estar errados, mas a idéia está correta) no grupo de renda acima de 25 salários mínimos, com Ciro na disputa, 10 pessoas dizem que vão votar em Dilma (é uma porcentagem alta, porque o grupo é pequeno). Quando Ciro sai do cenário e a pergunta sobre em qual dos candidatos o camarada votaria apenas 8 dizem que votariam em Dilma. Ou seja, quando se tirou o nome de Ciro Gomes da lista, duas pessoas desistiram de votar em Dilma Roussef! Não dá pra botar na conta do papa da margem de erro! Ou eu não entendo nada disso e dá?

Ou eu não entendo nada sobre como essas pesquisas são feitas (bem provável) ou as pessoas são muito surtadas (bem possível).

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