segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Alunos de Pós-Graduação repudiam a (falta de) política de incentivo à pesquisa tucana

Acabo de receber por e-mail e subscrevi (pra quem chegou aqui sem me conhecer e não reparou no "perfil"ao lado, sou aluno de Mestrado em História na UFF), apesar de achar que faltou uma crítica maior à política petista do que um simples "claro que muitos avanços ainda se fazem sentir..." genérico. Mas na lógica do menos pior que deve pautar um segundo turno, fico feliz que exista uma iniciativa destas. Mostra, mais uma vez, que a "comunidade científica" repudia enfaticamente a possibilidade da volta do PSDB ao poder.




CARTA DOS PÓS-GRADUANDOS
Pós-graduandos das diversas universidades e institutos de pesquisa do Brasil, vimos a público testemunhar o novo momento em que vive a educação, ciência e tecnologia em nosso país e a necessidade de se manter esse rumo de valorização permanente do conhecimento e inovação, inaugurado no governo Lula/Dilma Rousseff.

Importante, seguindo a tradição científica, fazer uma comparação, baseada em dados reais, sobre os últimos governos no que tange à política científica.

Fomos testemunhas de um período de oito anos de governo Fernando Henrique Cardoso e José Serra em que não houve sequer um reajuste nas bolsas de pós-graduação e de Iniciação Científica. Nenhuma universidade foi criada e tampouco houve concursos para professores efetivos. O diálogo entre o Ministério da Educação e da Ciência e Tecnologia, bem como suas agências (Capes e CNPq) com os pós-graduandos e suas entidades representativas, inexistiu. O Plano Nacional de Pós-graduação (PNPG) foi abandonado. O investimento em C&T jamais superou a taxa de 1% do Produto Interno Bruto (PIB). A taxa de bancada e o auxílio-tese foram extintos. Professores eram desvalorizados e greves eram sentidas todos os anos. Os reflexos desse descaso com a C&T são perceptíveis até os dias atuais.

Já nos oito anos de Governo Lula e Dilma Rousseff, presenciamos três reajustes de bolsas de pós-graduação e Iniciação Científica. A bolsa de Iniciação Cientifica Júnior (voltada a estudantes do ensino médio) foi implantada. Criou-se 14 novas universidades e houve expansão de diversos campi (além da efetivação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia) com milhares de vagas para professores e pesquisadores sendo abertas cotidianamente. O diálogo democrático foi retomado. Já estamos na consecução do segundo Plano Nacional de Pós-graduação sob os auspícios do governo Lula. O Investimento em C&T já está na ordem dos 2% do PIB. A taxa de bancada, por parte do CNPq, foi retomada e as mulheres pós-graduandas foram beneficiadas com a prorrogação das bolsas em caso de gravidez (“licença-maternidade”). Professores estão sendo mais valorizados e como reflexo vivemos um período de maior tranquilidade nas universidades e institutos de pesquisa federais.

Claro que muitos avanços ainda se fazem sentir. Mas foi notório, incisivo e contundente a ampliação nos investimentos em ciência e tecnologia nacional no governo Lula.

Em defesa da continuidade destas políticas e em repúdio ao receituário neoliberal passado, reafirmamos nosso compromisso EM DEFESA DA CIÊNCIA NACIONAL, defendendo que o Brasil siga no rumo das mudanças, com Dilma Rousseff presidente da Nação.

São Paulo, 13 de outubro de 2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário